sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Planejamentos para o Educador em 2012

Um bom planejamento requer ações em três esferas: cada professor precisa definir suas atividades de sala de aula, o coordenador pedagógico deve organizar o planejamento da escola e a rede é responsável por dar as diretrizes gerais para o trabalho. Este especial traz informações para organizar o ano letivo com tudo o que você precisa saber em cada uma das três áreas. Boa leitura!

Um plano de metas para atingir em 2012

Defina logo no começo do ano as ações que vão garantir a alfabetização, reduzir a repetência e acabar com a evasão. E descubra como a equipe gestora de três escolas alcançaram esses objetivos

 Entra ano, sai ano, todo diretor compartilha com a equipe gestora as mesmas preocupações: o que fazer para que as crianças se alfabetizem de verdade e a escola não tenha mais nenhum aluno em séries avançadas que não saiba ler e escrever? E como acabar de vez com a repetência?

Nesta época, em que a equipe gestora começa a pensar no planejamento de 2012, que tal preparar de vez a estrutura necessária para assumir esses desafios e garantir os materiais para que essas metas sejam alcançadas? Assumir esses compromissos e fazer com que eles se concretizem em um ano não é tarefa impossível. Quer ver? Em 2009, Amarildo Reino de Lima, então diretor do CEF 427, em Samambaia, a 45 quilômetros de Brasília, recebeu o título de Gestor Nota 10 no Prêmio Victor Civita por ter realizado um projeto para acabar com a distorção idade/série e, por tabela, com a repetência. "O importante é estabelecer etapas a serem cumpridas a curto, médio e longo prazo, que permitam um acompanhamento periódico e possibilitem ajustes ao longo do ano."
Problemas recorrentes exigem ações firmes e contínuas

A evasão, a repetência e a não-alfabetização no tempo correto são tão comuns no Brasil que têm estado presentes nos últimos Planos Nacionais de Educação (PNE). O que expirou em 2010 pretendia a redução em 50% das taxas de abandono e repetência, o que foi cumprido em parte: o abandono foi reduzido conforme o planejado, mas a reprovação aumentou de 11 para 12,1% no mesmo período. No novo plano que tramita no Congresso Nacional - e será o norte da Educação brasileira até 2020 -, o tema reaparece em estratégias relacionadas às metas de garantir o atendimento escolar para a população de 15 a 17 anos, sugerindo programas e ações de correção de fluxo por meio de aulas de reforço e estudos de recuperação.

A alfabetização continua sendo uma prioridade e reaparece no novo PNE com a mesma meta do anterior: ter todos os alunos alfabetizados até o 2º ano do Ensino Fundamental. Dados da Avaliação Brasileira do Final do Ciclo de Alfabetização (Prova ABC) - feita pela primeira vez em 2011, numa parceria do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) com entidades da sociedade civil - mostra que apenas 56,1% dos alunos do 3° ano aprenderam o que era esperado em leitura e escrita.

Com esse quadro preocupante, o gestor pode resolver os problemas da instituição que dirige? Sim, pois existem informações para iniciar esse processo ao seu alcance. Afinal, as notas das avaliações feitas pelos professores e os dados de alunos reprovados e dos que abandonaram a escola estão nos arquivos da secretaria. "É preciso mudar o foco, deixando de ser a escola que ensina para se tornar a que garante o aprendizado", relata Priscila Cruz, diretora executiva do Movimento Todos pela Educação. "O primeiro passo é revisar o projeto político-pedagógico (PPP) e envolver toda a equipe no trabalho", diz Renata Frauendorf, consultora do Instituto Avisa Lá, em São Paulo.

Para ajudá-lo nessa tarefa, conheça a experiência de três escolas públicas que priorizaram essas metas e as ações que você, gestor, pode discutir com o grupo e assegurar grandes conquistas em 2012.

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