Planejamentos para o Educador em 2012
Um bom planejamento requer ações em três esferas: cada professor
precisa definir suas atividades de sala de aula, o coordenador
pedagógico deve organizar o planejamento da escola e a rede é
responsável por dar as diretrizes gerais para o trabalho. Este especial
traz informações para organizar o ano letivo com tudo o que você
precisa saber em cada uma das três áreas. Boa leitura!
Um plano de metas para atingir em 2012
Defina logo no começo do ano as ações que vão
garantir a alfabetização, reduzir a repetência e acabar com a evasão. E
descubra como a equipe gestora de três escolas alcançaram esses
objetivos
Entra ano, sai ano, todo diretor compartilha com a equipe gestora as
mesmas preocupações: o que fazer para que as crianças se alfabetizem de
verdade e a escola não tenha mais nenhum aluno em séries avançadas que
não saiba ler e escrever? E como acabar de vez com a repetência?
Nesta
época, em que a equipe gestora começa a pensar no planejamento de 2012,
que tal preparar de vez a estrutura necessária para assumir esses
desafios e garantir os materiais para que essas metas sejam alcançadas?
Assumir esses compromissos e fazer com que eles se concretizem em um ano
não é tarefa impossível. Quer ver? Em 2009, Amarildo Reino de Lima,
então diretor do CEF 427, em Samambaia, a 45 quilômetros de Brasília,
recebeu o título de Gestor Nota 10 no Prêmio Victor Civita por ter
realizado um projeto para acabar com a distorção idade/série e, por
tabela, com a repetência. "O importante é estabelecer etapas a serem
cumpridas a curto, médio e longo prazo, que permitam um acompanhamento
periódico e possibilitem ajustes ao longo do ano."
Problemas recorrentes exigem ações firmes e contínuas
A
evasão, a repetência e a não-alfabetização no tempo correto são tão
comuns no Brasil que têm estado presentes nos últimos Planos Nacionais
de Educação (PNE). O que expirou em 2010 pretendia a redução em 50% das
taxas de abandono e repetência, o que foi cumprido em parte: o abandono
foi reduzido conforme o planejado, mas a reprovação aumentou de 11 para
12,1% no mesmo período. No novo plano que tramita no Congresso Nacional -
e será o norte da Educação brasileira até 2020 -, o tema reaparece em
estratégias relacionadas às metas de garantir o atendimento escolar para
a população de 15 a 17 anos, sugerindo programas e ações de correção de
fluxo por meio de aulas de reforço e estudos de recuperação.
A
alfabetização continua sendo uma prioridade e reaparece no novo PNE com a
mesma meta do anterior: ter todos os alunos alfabetizados até o 2º ano
do Ensino Fundamental. Dados da Avaliação Brasileira do Final do Ciclo
de Alfabetização (Prova ABC) - feita pela primeira vez em 2011, numa
parceria do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (Inep) com entidades da sociedade civil - mostra que
apenas 56,1% dos alunos do 3° ano aprenderam o que era esperado em
leitura e escrita.
Com esse quadro preocupante, o gestor pode
resolver os problemas da instituição que dirige? Sim, pois existem
informações para iniciar esse processo ao seu alcance. Afinal, as notas
das avaliações feitas pelos professores e os dados de alunos reprovados e
dos que abandonaram a escola estão nos arquivos da secretaria. "É
preciso mudar o foco, deixando de ser a escola que ensina para se tornar
a que garante o aprendizado", relata Priscila Cruz, diretora executiva
do Movimento Todos pela Educação. "O primeiro passo é revisar o projeto
político-pedagógico (PPP) e envolver toda a equipe no trabalho", diz Renata Frauendorf, consultora do Instituto Avisa Lá, em São Paulo.
Para
ajudá-lo nessa tarefa, conheça a experiência de três escolas públicas
que priorizaram essas metas e as ações que você, gestor, pode discutir
com o grupo e assegurar grandes conquistas em 2012.
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